Política contemporânea discutida de maneira contemporânea, porra!
 
Texto de Gilberto Dimenstein que vale a pena ser compartilhado:

"Pelas redes sociais vejo a foto de um jovem amarrado ontem na avenida Paulista, vítima de um trote. O trote foi feito por alunos de uma faculdade de comunicação (Cásper Líbero), vejam só, de relações públicas e propaganda -- gente que escolheu profissionalmente se comunicar produtivamente. A imagem me fez lembrar o rapaz espancado e acorrentado no Rio, acusado de cometer crimes. O que se seguiu a essa imagem foi uma onda de solidariedade aos "justiceiros" -- só isso já mostra até onde vai a doença da violência.

A cena ofereceu momentos de glória para uma apresentadora de TV (Rachel Sheherazade) que, em essência, disse o seguinte: a sociedade está cansada de impunidade e aquele tipo de revide quem sabe funcione. Recebeu centenas de milhares de aplauso. Não vou comentar o que ela falou. Mas só registrar que esse tipo de postura ganha apoio na sociedade, devido à insegurança generalizada. Entre os apoiadores da apresentadora, Paulo Maluf, que, como sabemos, fez muito menos delinquências do que aquele jovem acorrentado.

Para completar, ainda estamos todos chocados com a morte do cinegrafista no Rio, vítima dos Black Blocs, que se transformaram, vejam só, em força politica -- mas são apenas delinquentes. Enquanto isso, Fábio Porchat é ameaçado de morte porque fez um vídeo (ótimo, aliás) para o Porta dos Fundos denunciando, pelo humor, a violência policial. Sinceramente, dá vontade de vomitar."

#NãoVaiTerCopa

2/8/2014 07:44:26

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Um vídeo que mostra bem a realidade dos grandes vindouros acontecimentos no Brasil.

 

Rafael nasceu na década de 80. Seus amigos o chamam de Rafa. Sempre curtiu escutar Legião Urbana e, segundo seu pai, aprendeu a ler com gibis da Turma da Mônica. Gostava de ir no cinema assistir aos filmes da Xuxa e depois jogar futebol com os amigos no campinho perto da casa dele.

Com cerca de 16 anos começou a beber cerveja. Se apaixonou por aquela que desce redonda. Às vezes toma algo mais forte, que desce macio e reanima, ou até mesmo aquela que é sempre uma boa ideia. Curte ir em uma roda de samba aos sábados, pois como muitos, ele se auto entitula “eclético”, mas nunca se atrasa para a missa aos domingos pela manhã. Vive em uma das muitas capitais do Brasil e tem um emprego estável que banca seus pequenos prazeres em dois sétimos da semana.

Domingo passado, no entanto, ele estava animado mais que o normal. Não via a hora de começar o Super Bowl. O grande jogo tinha finalmente chegado. Seahawks contra Broncos. Deu aquela cochilada depois do almoço e mal prestou atenção ao tradicional jogo de domingo à tarde. Quando já era noite lá estava ele grudado na televisão para o grande evento. Ele só se esqueceu de uma coisa: não sabia absolutamente nenhuma regra do chamado “Futebol Americano”.

Este pequeno relato te parece familiar? Para mim, muito! O famoso Super Bowl, que é a final do campeonato de futebol americano vem ganhando mais e mais seguidores e apaixonados. A cada começo de ano lá estão de novo os times que passaram uma temporada inteira jogando sem que ninguém ao menos se lembrasse que eles existiam, a não ser os verdadeiros fãs do esporte. Seus comerciais especialmente desenvolvidos para os valiosos 30 segundos em um dos intervalos do jogo são perfeitos. Por 4 milhões de dólares, hão de ser.

O que isso realmente mostra? Eu te digo. Soft Power. Os Estados Unidos não apenas é o país com a maior economia do mundo e com o maior exército do mundo (fatores fundamentais para a manutenção do poder) mas também é o campeão em enraigar sua cultura em países a milhares de quilômetros de seu território, e é isso que se chama Soft Power.
Esse conceito nascido há cerca de 20 anos e desenvolvido por Joseph Nye vem cada vez mais e mais sendo utilizado por países competentes para o fazer. A idéia principal é basicamente INFLUENCIAR outros países através da cultura, de um modo geral, para trazer benefícios nacionais. Não é necessário dizer que Estados Unidos e Inglaterra estão entre os que mais se destacam nesse tipo de prática.

Mas não pense que isso só se dá no campo do entretenimento. Há pouco tempo atrás algumas poucas pessoas se incomodavam em “comemorar” o Halloween. Hoje em dia temos o Halloween, Sait Patrick´s Day, Black Friday e logo mais comemoraremos o “Thanksgiving” e o Ano Novo Chinês. O Soft Power vem se aprimorando em várias áreas. Na diplomacia, onde um maior número de diplomatas em determinado país aumenta a influência de certo modo. Na educação, quando já é explícito, hoje em dia, o business por trás de pesquisas, citações, professores e universidades. Nas missões culturais, na arquitetura, na promoção de eventos internacionais e por aí vai.

O Brasil também faz um pouco sua parte com relação ao Soft Power. Um bom exemplo disso são as telenovelas que são apresentadas em países como Portugal, Cuba, Espanha e México. Pense comigo: Você acha que um estrangeiro acompanhando uma novela brasileira em Portugal estaria mais ou menos propenso a comprar um chinelo Havaianas caso ele visse a marca em um supermercado? Pois é! Descobriu-se que é possível se utilizar dessa persuasão ao invés do Hard Power, que é exatamente a coerção, uso de força militar e sanção econômica.

Agora voltando ao Rafael. Se ele tivesse nascido na década de 90, talvez pudéssemos descreve-lo assim:
 
Rafael gosta de ser chama de Rick. Curte escutar The Strokes. Começou a gostar de ler com Harry Potter e já leu todos do Sidney Sheldon. É fanático pelo Barcelona, mas sempre que pode assiste aos jogos do Lakers. Hoje em dia, aos finais de semana não dispensa uma Heineken mas quando vai pra balada não passa sem uma Smirnoff com Red Bull. É doido por restaurante japonês mas sua sobremesa favorita é petit gateau. Estuda em uma universidade federal mas seu grande sonho é fazer uma pós em Harvard.
 
Capisce?

 
Muito se falou essa semana sobre a presidente Dilmona. As duas principais notícias a respeito foi primeiro a parada que ela deu em Portugal para pernoitar, após a conferência do Forum Econômico Mundial em Davos. E depois a viagem para Cuba, para a inauguração do porto de Mariel, o qual foi financiando fortemente pelo BNDES.

Os pontos a serem notados aqui, sobre estes dois eventos:

1. Ela teria que fazer escala em algum lugar sem dúvida nenhuma. Aparentemente o aerolula não é tão aero assim e tem a autonomia de uma galinha cansada, ou seja, há a necessidade de paradas.

2. NÃO HÁ PROBLEMA EM ELA PARAR EM PORTUGAL! Ela teria que parar em algum lugar de qualquer maneira. Sair para jantar, creio ser o menor dos problemas também. As pessoas têm que comer. O lugar ... bom. É muito discutível. Temos que entender que ela é a Chefe de Estado de um país altamente financiado. O que você acha que pensam investidores ao verem a presidente do país comendo um hot-dog e uma tubaina? Não, isso não passa credibilidade por mais que queiramos que a Dilmala não gaste dinheiro público.

3. Podemos questionar sim o tamanho da comitiva. O uso político dela. O Ministro da Saúde realmente precisava estar lá, ou é porque ele vai concorrer ao governo do estado de São Paulo? Podemos questionar a verdadeira função do Ministro das Relações Exteriores, que acreditem, não é ficar dando explicações e tentando apagar o fogo com a imprensa quando estavam em Cuba. Enfim, há muitas coisas a serem questionadas, mas não a parada ou o jantar em sí. O maior questionamento, no entanto, é o fato da NÃO TRANSPARÊNCIA. Segundo o hotel e o restaurante em Portugal, já havia reservas feitas dois dias antes de a comitiva chegar, ou seja, vir com esse bla bla bla de "parada técnica" é nada menos do que RIDÍCULO!

4. Sobre o porto de Mariel. Acreditem ou não, isso é sim um investimento importante a ser feito. Todos os brasileiros querem que nossa inserção internacional seja cada vez mais forte para deixarmos a economia mais pujante, gerando emprego, tendo controle sob a inflação, regulando a taxa de câmbio, etc. Esses processos passam por ações como essa, de CONQUISTA DE MERCADO. O fato de o Brasil ter financiado um porto em Cuba gera discussão, o que é normal, mas não podemos esquecer que no acordo do financiamento foram beneficiados cerca de 1.500 empresas em todo o Brasil, sendo a maioria pequenas e médias que, de alguma maneira, contribuiram para que as obras no porto fossem concluídas.

5. Para finalizar, sem o papinho ideológico, pelo amor de Deus. Falar que Cuba é ditadura, que isso que aquilo.... Essa é a visão mais cega que escuto e nem me dou o trabalho de debater. Galerinha anti PT e anti PSDB me dá uma preguiiiiça. Só para constar, empresas e governos canadenses, franceses e chineses fazem negócio com a ilha dos Castros há anos. E outra, ditadura por ditadura, deveríamos não negociar com a China então? A segunda maior economia do mundo e sim, UMA DITADURA também?

Ahh, e para complementar, Cuba pagou todo o empréstimo até agora em dia e adiantado. Há histórico de calotes no BNDES de empresas americanas que compraram jatos da Embraer e não pagaram e de empresas chilenas.

E agora José? Vamos pensar fora da bolha e deixar de sermos influenciados por partidarismo barato.
Mais pesquisa, por favor!

 
O Palácio de Buckingham deveria ser aberto para receber visitantes pagantes quando a rainha não estiver na residência, sugere um relatório preparado por uma comissão do Parlamento britânico.

O Comitê de Contas Públicas fez a sugestão após analisar os gastos da Casa Real, departamento que gerencia e administra os negócios oficiais da rainha Elizabeth 2ª.

O relatório concluiu que as contas deixaram um rombo de 2,3 milhões de libras (cerca de R$ 8,4 milhões) no Sovereign Grant, fundo de 31 milhões de libras (cerca de R$ 124 milhões) de dinheiro público dado à rainha todo ano para gastar em suas funções oficiais.

O dinheiro, repassado pelo Tesouro, é usado para pagar os gastos com compromissos oficiais, funcionários e a manutenção dos palácios. O rombo teve que ser coberto com um fundo de reserva. 

Artigo completo em: UOL Notícias

 Comentário:

"A Inglaterra, que está uma posição abaixo do Brasil como maior economia do mundo, sente a necessidade de cortar gastos com a, literal, realeza.

Aparentemente a realeza está se aproximando da plébe e vão ter que colocar as coroas de molho. Requentar o banquete real, colocar em uma tappeware, e levar para o serviço será a nova rotina para alguns em Buckinham.

Isso somente se aplica à esses paisinhos como a Inglaterra. Nós não! Somos BRASILEIROS, somos a 6ª MAIOR ECONOMIA DO MUNDO, oras. Para quê conter gastos? Temos dinheiro de sobra. A senhorita Dilma provou isso quando fez um "stop-over;" em Portugal para um jantarzinho com amigos quando viajava de Genebra à Cuba. Isso se mostra aparente quando o então governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, leva até seu cachorro para passear se utilizando de um helicóptero somente para ser usado em agenda oficial. Podemos gozar de tais benefícios sem problemas pessoal. Vocês realmente vêem alguma falta de decoro nisso? Eu sinceramente não. Está tudo absolutamente sob controle  :) 

Já pensou se abrem o Palácio da Alvorada para visitação enquanto a Dilminha não estiver por lá?"
 
Pelo que vimos a ciranda encantada que estavam vivendo o prefeito Haddad e o governador Alckmin chegou ao fim. 

Durantes o vuco-vuco que tomou conta do país no meio do ano passado e até mesmo quando Haddad tomou iniciativas não tão populares como as faixas exclusivas para ônibus e o aumento surreal do IPTU, o governo do Estado de Sum Paulo se manteve ali, em cima do muro e rezando para não ser perguntado sobre as atitudes tomadas pelo prefeito.

Mas aparentemente esse momento de paz entre os arqui-rivais se foi e, como diriam alguns gringos, shit hit the fan. A coisa vai esquentar devido às atitudes tomadas hoje, 23 de janeiro de 2014. Claro, como não poderia ser diferente, quem está no meio disso tudo são as pessoas mais vulneráveis da sociedade, como sempre. Neste episódio específico são os crackeiros, mudrungos, noias, pé de pneu, psico, como queiram, ou apenas, cidadãos viciados em dorgas.


Após uma aparente nova abordagem de prefeitura e governo com relação ao problema da Cracolândia (cá entre nós, um nome interessantíssimo para o lugar, não?), onde os tiozin estavam sendo tratados com certa dignidade, o que aconteceu hoje foi o mais do mesmo que estamos acostumados a ver. O couro comeu! Ou como diria os Titãs, “Porrada, pros caras que não fazem nada... porrada porrada”.

O DENARC chegou na Cracolândia descendo a paulada e só se via os maltrapilhos correndo para todos os lados, cachimbo voando e cobertor cinza sendo pisoteado. A cena foi tensa, era o Walking Dead da vida real.


O X da questão é que não foi a mando do prefeito que tudo aconteceu.  Ele já declarou que achou “lamentável” o ocorrido e nem mesmo a Polícia Militar estava na função. OU SEJA, a ordem de estourar o “bairro de fumo” (porque ali não é apenas uma boca de fumo) só pode ter vindo de outra pessoa. ... Sim, o Banana de Pijama. Aparentemente ele realmente quis se portar como o governador e botou pra fudê.

Como diria Bruce Buffer: “IIIIT´SSSSSSSS TIMMMMEEEEEEEEEEE”. A porradaria vai continuar comendo, mas agora será briga de cachorro sarnento grande. No canto vermelho, o filho de Lula, Haddad. No canto azul, o filho do senhor Burns,  Alckmin.

Pegue a pipoca e a cerveja, porque os rounds vão durar mais do que apenas 5 minutos.